Um pouco inspirado pela conversa que tive com Bruno Caetano, o diretor da curta-metragem animada Ice Merchants, no dia em que ele teve a oportunidade de apresentar a curta no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, quero aproveitar para vos falar da vez em que fiz uma animação para uma cadeira da minha faculdade.
Para começar, o meu professor pediu para que nós escrevêssemos uma memória descritiva para o vídeo. Eu poderei ter adiantado serviço e ter feito uma versão primitiva do storyboard. Outra coisa pedida foi pensarmos na música que iriamos usar de fundo.
Os próximos parágrafos foram retirados do documento que enviei sobre a memória descritiva.
A história começa em 1927, numa mesa de um estúdio de animação. Walt Disney encontra-se a desenhar aquele que será o protagonista que será o seu primeiro sucesso nacional: Oswald, o Coelho Sortudo.
Depois de desenhado, Oswald salta do papel entusiasmado por ter sido criado. Em pouco tempo, Oswald passa a ser o centro de todas as atenções. Ele fica a fascinar as notícias sobre ele e os cartazes dos seus filmes.
Mas nem tudo é o que parece. Oswald vai ter com Walt ao escritório de Charles Mintz enquanto assobia, no entanto, o assobio alegre passa a uma expressão de choque quando se depara com a discussão entre Disney e Mintz. Walt sai furioso do escritório. Oswald percebe que o seu futuro está comprometido.
Em apenas um ano, Oswald deixou de ser falado, tendo sido substituído por um rato. A carreira de Oswald vai de mal a pior, enquanto o seu irmão passa a ser a grande estrela de Hollywood.
Derrotado, Oswald permanece deitado no chão após a queda do seu estrelado. Mas muitos anos mais tarde, em 2006, um sapato amarelo bem familiar aparece. Esta entidade estende a mão para ajudar o pobre coelho. A identidade desta figura é revelada. É o Rato Mickey. Oswald esita inicialmente, mas acaba por aceitar. A partir daí, Oswald voltou a fazer parte da história dos estúdios criados por Walt Disney, podendo estar ao lado do seu irmão Mickey, assim como de Pateta e de Donald.
Enquanto eu escrevia a memória descritiva, fui desenhando as cenas principais para eu ter uma ideia de como iria fazer a animação.
Depois disso, a etapa seguinte era fazer o storyboard. Um dos pedidos feitos era que não podia ter mais que 3 páginas A3, por isso tive que improvisar e acabei por cortar algumas das cenas que eu tinha em mente, ou foram substituídas por outras idênticas.
Depois, só faltavam mais duas coisas antes de começar a fazer a animação em After Effects: os esboços das personagens e dos cenários e as respetivas vetorizações.
E sim, eu tinha intenções de adicionar alguns Easter Eggs alusivos à história não só da carreira do Walt Disney (incluindo alguns precários do futuro com os desenhos de um rato, cão e pato), mas também da Winkler Pictures.
Posto isto, restava fazer as vetorizações em Adobe Illustrator. Como as vetorizações são muitas, deixo só aqui as primeiras vetorizações que fiz.
Depois disto tudo, só faltava fazer o rig e animar tudo.